quinta-feira, 4 de novembro de 2010

SEU JOSÉ LUIZ TRUAN VOLTA AO BERÇO NATAL, NA SUIÇA

BOA SORTE AMIGO!!! GRAVATÁ NUNCA VAI PODER LHE ESQUECER !!!

Ele vai sair definitivamente de Gravatá tão silencioso e solitário, como um dia de agosto de 1964, quando chegou aqui na cidade. Vai sair agora, logo mais à tarde, antes do sol se por, 46 anos depois de ter chegado aqui na Serra das Russas e realizado a mais importante de sua obra: tornar Gravatá conhecida nacionalmente como a cidade referência do turismo e gastronomia internacional de Pernambuco.

Aos 92 anos de idade, e quase cinco décadas dedicadas a Gravatá, o Sr. Luiz Truan retorna hoje a sua terra natal, a Suíça, solitário ao lado de sua esposa Madalena, sem homenagens, sem o reconhecimento das autoridades da Cidade, sem receber o dinheiro do aluguel de imóveis que a Prefeitura lhe deve. .

VISIONÁRIO

Quando Gravatá era apenas um caminho para Caruaru, Garanhuns e Fazenda Nova, naquela metade da década de 1960, o espano-suiço José Luiz Truan já sonhava ver este topo da Serra das Russas, um local com vocação para o turismo. Foi ele o primeiro investidor no turismo de Gravatá com a construção do Hotel Suíço e depois o restaurante Taverna Suíça, que no último mês de agosto completou 42 anos de existência apresentando um dos melhores e mais saborosos foudue do Brasil.

Além da arquitetura e linhas arquitetônicas dos chalés suíços e do gosto pela cultura européia Seu Truan introduziu o chocolate no gosto do pernambucano e o fondue na cozinha nordestina, comon também o hábito de se tomar vinho aqui por stas bandas..

Gravatá nunca mais foi a mesma depois que o Seu Truan chegou aqui. Filho de mãe espanhola da província de Gijon, e pai suíço da nobreza rural de Vaud, José Luiz Truan começou cedo a lutar pela sobrevivência.

Aos 16 anos de idade foi convocado para lutar na Guerra Civil Espanhola, onde foi ferido e hospitalizado com risco de vida por mais de uma vez.. Ainda jovem, lutou na 2ª Guerra Mundial, foi abatido e considerado morto numa batalha sangrenta em Lenigrado, nos campos gelados da União Soviética.

Na década seguinte, anos 50, trabalhou com vidros, cristais, porcelanas, pintor de obras de artes, artesão, músico, garçom, cozinheiro, chefe de cozinha, até que resolveu ser hoteleiro e empresário da gastronomia quando adotou Gravatá.

Casou-se com Madalena no Recife e com ela teve os filhos Ana e Katarina, ambas residentes, atualmente, na Suíça. Certa vez recebeu o convite de um amigo para montar um restaurante na Cidade de Bezerros, Quando resolveu viajar para decidir sua vida aqui pelo interior, havia programado visitas a Garanhuns, Caruaru e Fazenda Nova no Brejo da Madre de Deus.

Antes de concluir suas visitas, parou em Gravatá – uma cidade de clima muito agradável mas, na época, sem infra estrutura para o turismo – e nunca mais saiu daqui. Na ocasião foi recepcionado pelo prefeito da cidade Aarão Lins de Andrade que lhe facilitou a vida e fez várias concessões e incentivos para a instalação de um hotel e restaurantes na cidade.

Utilizando tijolos aparentes e madeira, abusando das linhas arquitetônica européia, na margem da BR-232 ergueu o Hotel Suíço, o restaurante Taverna Suíça e depois o restaurante Le Cottagge em forma de torre com catavendo.

Seu Luiz Truan e sua esposa Madalena, trabalharam até o último mês de agosto na administração do Restaurante Taverna Suíça. Mesmo aos 92 anos de idade, ele precisou trabalhar para se manter, a si e a sua família.

Fonte: www.blogdocastanha.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário