Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu a criação do movimento "corrupção nunca mais", nos moldes do Grupo Tortura Nunca Mais, criado nos anos 80 e ainda em atividade. 
Ele recomendou que o governador afastado de Brasília, José Roberto Arruda, participe do movimento escrevendo um livro no qual conte tudo o que sabe sobre a corrupção na política. Com isso, disse, poderá colocar Brasília na história do combate à corrupção no Brasil. 
- Ele, hoje, está numa posição capaz de fazer isso e só tem a ganhar se fizer, em termos de respeito à opinião pública.Pedro Simon (PMDB-RS), que deu seu apoio à criação do movimento, acrescentou que "talvez Deus esteja reservando a ele [Arruda] esse papel".
Cristovam afirmou também que é preciso mudar o sistema eleitoral, atualmente uma "fábrica de corrupção". Para ele, o sistema vigente favorece a corrupção, impelindo os políticos a aceitá-la, ao permitir, por exemplo, o financiamento de campanhas por empresários.
- É um equivoco acharmos que esse mal dos tempos seja apenas fruto da ação de indivíduos. Há um sistema que permite isso e a luta contra a corrupção exige uma revolução que mude o sistema - argumentou. O senador destacou a necessidade de o "corrupção nunca mais" envolver toda a sociedade, já que é comum as pessoas apresentarem comportamentos que não condizem com a ética.
Cristovam disse ainda que a passividade das autoridades cubanas permitiu que o preso político Orlando Zapata Tamayo morresse em decorrência de uma greve de fome que durou 85 dias.
Fonte: Jornal do Senado
Fonte: Jornal do Senado
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