PONTO DE VISTA "ESPORTIVO"

Fernando Dourado.

UMA MARÉ DE VEXAMES!

A situação não é boa ? Não é e pode ficar pior! Essa é a realidade quando entramos no assunto futebol em Pernambuco. Para tentar elencar e colocar na ordem os clubes da capital, vamos começar pelo Sport, que até três meses atrás tinha um esquadrão considerado imbatível pelos seus fanáticos torcedores. A tropa de choque vermelha e preta, liderada no ano passado por Nelsinho Batista, conseguiu feitos históricos como o título da Copa do Brasil e o ingresso na libertadores da América desse ano. Tudo vinha muito bem no clube, visto até como favorito à conquista do brasileirão, até que as primeiras derrotas começaram a surgir dentro e fora da Ilha. Divergências internas e palavras trocadas fizeram o clube sair do céu para o inferno em pouco meses. Hoje é o lanterna do campeonato nacional com quase 80 % de chance de ir para segunda divisão do ano que vem. O que dizer do Náutico ? Pouco se esperava do time da Rosa e Silva nesse campeonato da série A, essa é a verdade. O clube não conseguiu manter a base do ano passado e viu alguns dos seus principais jogadores dando adeus aos aflitos. O entra e sai no comando da equipe foi grande. Em pouco tempo o time passou pelas mãos de treinadores como: Roberto Fernandes, Sérgio China, Márcio Bittencourt, Waldemar Lemos até chegar a o atual Geninho, que tenta dar ao Náutico a sua forma de jogar. A situação ficou tão crítica para os alvi-rubros que mesmo com as duas vitórias conseguidas nas últimas rodadas a equipe não saiu da zona do rebaixamento. Chegamos no Santa Cruz. Esse sofreu a maior queda livre já registrada em toda sua história. Passou por todas as divisões possíveis do campeonato nacional, devastando a esperança dos fiéis torcedores tricolores, derrubando inúmeros dirigentes, causando intrigas, polêmicas e muita insatisfação. O que explicar ? Faltam palavras para relatar a desclassificação da série D no último domingo. Será que boa fase para o futebol pernambucano é como chuva no sertão, que demora a cair e quando cai molha pouco? Pelo retrospecto geral e analisando o rendimento das equipes nas competições nacionais fica claro que sim. Nos resta aceitar que no nordeste os verbos torcer e sofrer estão de mãos dadas e tem um significado toda especial.