segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

SAIO NO BLOG DO CRISTOVAM BUARQUE

APROVADO ENVIO DE MAIS 1.300 MILITARES BRASILEIROS NO HAITI


Reunida no Plenário do Senado na tarde desta segunda-feira (25), a Comissão Representativa do Congresso Nacional (CRCN) aprovou há pouco, em votações simbólicas, o envio de mais 1.300 militares brasileiros para o Haiti. Eles vão se somar a outros 1.300 militares que já se encontram naquele país, vitimado por violento terremoto em 12 de janeiro último. Novecentos militares serão enviados imediatamente e 400 ficarão de prontidão.
Leia, abaixo, o discurso do senador Cristovam Buarque

Sr. Presidente José Sarney,
Srs. Senadores, Srs. Deputados,

Eu não tenho a menor dúvida de estar favorável a essa proposta do Presidente Lula [de enviar mais 1.300 militares brasileiros para o Haiti que vão se somar a outros 1.300 militares que já se encontram naquele país], primeiro pelo Haiti, segundo pelo Brasil. Pelo Haiti porque, neste momento, nenhum outro povo está sofrendo o que o Haiti está sofrendo. Nem mesmo com toda a tragédia africana a gente vê hoje um país passando o que passa o povo haitiano. São seres humanos, e para seres humanos nós temos que ter solidariedade humanista.

Não adianta dizermos que nós temos aqui também um Haiti. Primeiro porque o Haiti brasileiro, bem ou mal, estamos cuidando com programas como Bolsa Família, com SUS, com aposentadoria rural. Estamos dando um atenção muito menor do que eu gostaria e muito preso ao aspecto da generosidade e não da revolução que é preciso fazer. Mas o nosso Haiti não está abandonado nem passando a emergência. Essa é a palavra que caracteriza o Haiti. Nós temos que olhar para o Haiti com o carinho, com o respeito e com o humanismo que é necessário.

Nós não podemos deixar de lado a solidariedade. Quando o mais pobre brasileiro vê a casa do seu vizinho caindo, ele não diz: "Eu vou ficar olhando a minha casa". Ele vai e ajuda a casa do vizinho. Quando a mais pobre família brasileira descobre que, ao lado, um grupo de crianças ficou órfão, esse pobre brasileiro adota e traz, para dentro de sua casa, os filhos dos vizinhos. Nós temos que fazer o que o Haiti está precisando. Por isso, eu sou favorável pelo Haiti, mas sou favorável também pelo Brasil

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